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ÓLEO DE COCO É REALMENTE MAIS SAUDÁVEL?

Óleo de coco é algo que realmente caiu no gosto dos brasileiros, seja como substituto de óleo de cozinha ou como aditivo do cafezinho, a promessa é de trazer benefícios e até emagrecimento mas, será que a promessa se sustenta?


Para entender se o óleo de coco é realmente mais saudável, primeiro vamos falar sobre os tipos de gorduras. As gorduras podem ser classificadas entre origem animal e origem vegetal, sendo a gordura animal composta, em maior parte, por ácidos graxos saturados, enquanto as gorduras vegetais, geralmente, são compostas por ácidos graxos insaturados.


Essa pequena diferença é o que garante a textura característica onde, por exemplo, as instaurações conferem uma consistência líquida a temperatura ambiente.


Vidros de óleos e seus respectivos ingredientes base

Queridinho do meio fitness, o óleo de coco é uma gordura de origem vegetal que foge à essa regra; apesar de sua origem vegetal, possui na maior parte de sua composição gorduras saturadas, possuindo uma consistência mais sólida em temperatura ambiente, diferentemente do azeite ou óleo de soja, por exemplo.


Importante ressaltar que quanto maior for o consumo de ácidos graxos saturados, maior será o aumento do LDL, o chamado "colesterol ruim". Quanto maior o acúmulo desse colesterol no corpo, maiores as chances de algum incidente cardiovascular, como infarto ou derrame. Dessa forma, o óleo de coco se torna uma opção menos interessante que outras opções de gorduras vegetais, inclusive mais baratas e de mais fácil acesso.

MAS AJUDA A EMAGRECER?


Talvez o benefício que tenha garantido tanta fama e carinho pelo pessoal do mundo fitness é o de ser um aliado na busca pela perda de peso. Essa crença tem base em um importante elemento da sua composição, os triglicerídeos de cadeia média, conhecidos como TCM.


Absorvidas de forma rápida pelo organismo, os TCM são substâncias que fornecem uma boa fonte de energia, utilizada especialmente como combustível para os músculos. Tendo essa propriedade como base, há uma ideia de que seu consumo contribui para o aumento de performance e aumento de calorias gastas no exercício.


Entretanto, exercícios de alta intensidade como musculação ou corrida, têm como fonte primária a glicose, molécula proveniente dos carboidratos. Ainda que a atividade física não seja de alta intensidade, estudos mostram que o aumento na queima calórica durante o exercício é muito leve e não chega perto das calorias extras que foram ingeridas ao consumir o óleo.


Como exemplo, vamos imaginar que uma caminhada no parque resulte em 100 kcal queimadas. Ao consumir 10g de óleo de coco, recheado de TCM, essa mesma caminhada resultaria em um consumo de 105 kcal. O problema é que nessas 10g, foram consumidas aproximadamente 85 kcal. Ter queimado mais calorias durante o exercício não garante o emagrecimento. O importante é o saldo calórico no final do dia ser negativo. Sendo assim, fica claro que o pouco aumento de rendimento do TCM não compensa o aumento do consumo energético.


ENTÃO NÃO TEM BENEFÍCIOS?


Uma das principais justificativas para o uso do óleo de coco é o aumento do HDL, agora sim, considerado o colesterol bom. De fato, aumentar os níveis do HDL significa aumentar o transporte do colesterol das artérias para o fígado, garantindo assim mais proteção para o coração. O óleo de coco realmente proporciona bons níveis de HDL, o problema é que a quantidade de gordura saturada faz com que o LDL seja ainda maior, não compensando o consumo. 


Representação gráfica da disparidade entre LDL e HDL no óleo de coco

Quando comparado a outras opções de gorduras, de origem animal, pode começar a fazer sentido. Fontes como manteiga e banha de porco possuem essa relação ainda mais desfavorável, podendo trazer mais riscos à saúde quando consumidos em alta quantidade com regularidade.


Outro ponto que vale a pena ser mencionado é a presença de dois componentes: ácido ferúlico e ácido cumárico. Essas duas substâncias possuem um alto poder antioxidante, capaz de proteger o corpo de radicais livres, promovendo assim uma maior longevidade. 


Por mais que haja alguns benefícios, em um cenário geral o óleo de coco não é a escolha mais indicada, seja num contexto de perda de peso, seja num contexto de saúde. Claro que não é um alimento proibido, caso agrade o paladar, é possível encaixar dentro de um contexto nutricional adequado; entretanto, levando em conta apenas os benefícios funcionais (e financeiros), os óleos vegetais como de soja, canola ou azeite, acabam sendo opções mais interessantes.


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